Territórios mais ou menos conhecidos, afinal as máquinas fazem parte do nosso quotidiano há já largos anos e no campo da música, em particular, assumem-se como um elemento central na expressão das contradições inerentes ao tempo presente.
É neste cruzamento entre exploração e afirmação de um discurso pessoal, enquanto afirmação de uma identidade, que podemos enquadrar os trabalhos de Rita Silva e Stefan Maier.
Partindo do chão comum – os sintetizadores – cada um, com coragem e audácia, assume o seu caminho. Trilho este que se alicerça na descoberta e no questionamento das inúmeras possibilidades que se geram a partir da primeira nota.
RITA SILVA | Jovem compositora e instrumentista portuguesa. Rita Silva é uma das presenças com afirmação crescente num panorama electrónico fértil onde, com as suas diferenças, temos visto desabrochar nomes como Joana de Sá, Supperminer ou Inês Malheiro. Após as primeiras explorações captadas em 'Studies Vol. I', numa linhagem preciosa de pioneiras como Laurie Spiegel ou Delia Derbyshire – com esta última a ser até homenageada no título de um tema -, confirmou todas essas premissas no ano passado com 'The Inflationary Epoch' pelo Colectivo Casa Amarela. Abraçando a improvisação com sintetizadores modulares e técnicas generativas de programação, Silva confia num som em fluxo constante onde cascatas de arpegios se enredam entre si num estado psicoacústico imersivo, belo e pleno de intenção. [Out.Fest]
ritasilva.bandcamp.com | soundcloud.com/ritasilvamusic | instagram.com/ritaamaralsilva
STEFAN MAIER | Artista e compositor de Vancouver, Canadá — territórios tradicionais não cedidos das Nações xʷməθkwəy̓əm [Musqueam], Skwxwú7mesh [Squamish] e Səl̓ílwətaɬ [Tsleil-Waututh]. As instalações multimédia, performances, escritos e composições exploram o som como ferramenta para a construção especulativa de mundos. Destacando a instabilidade e a indisciplina material o seu trabalho explora os fluxos da matéria sonora através de edifícios, sistemas de som, instrumentos, softwares e corpos, para revelar histórias menores, ficções sonoras e modos alternativos de escuta e autoria. Trabalhos recentes foram apresentados pelo INA-GRM [FR], Haus der Kulturen der Welt [DE], Festival d'Automne [FR], Fundação Julia Stoschek [DE], Festival Ultima [NO], Centro Nacional de Música [CA] e Gaudeamus Muziekweek [NL], entre outros. Os álbuns a solo e em colaboração foram lançados por Portraits GRM/Shelter Press [FR], Dinzu Artefacts [EUA], ETAT [AT] e Party Perfect [EUA].
stefanmaier.studio | portraitsgrm.bandcamp.com/album/orchid-mantis-breach
Entrada reservada a sócios
Contribuição sugerida | 05 euros
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